Novembro 22, 2024

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Bombeiro Militar que matou motoboy, em Campos, se entrega e diz que foi ameaçado

O Bombeiro Militar reformado que matou o mototaxista Luan Stroligo de Oliveira Martins, de 28 anos, na última quarta-feira (4), no Parque Esplanada, em Campos, se apresentou nesta sexta-feira (6) na 134ª DP/Centro e disse à Polícia que atirou porque foi ameaçado pela vítima após uma discussão. Ele estava acompanhado do advogado João Paulo Granja de Abreu e foi liberado após prestar depoimento, visto que havia passado o período de prisão em flagrante de 24 horas. Vale ressaltar que o bombeiro já teria prestado serviço de segurança para um político local e o crime brutal teve grande repercussão nas últimas horas, inclusive com a realização de um ato de protesto de colegas da vítima. 

A versão apresentada por ele dá conta de que saia de sua casa no início da tarde do dia 4, no Parque Esplanada, ao volante do seu carro Nissan Kicks, quando iniciou uma discussão com a vítima. Segundo o bombeiro, dava ré no veículo na saída de sua garagem e não teria visto a vítima trafegando com sua moto pela rua, momento em que o mototaxista desviou e, em seguida, o teria ofendido.

Após a discussão inicial, de acordo ainda com o bombeiro, a vítima trafegou por alguns metros com a moto na sua frente do seu carro, percurso em que trocaram ofensas. O carro e a moto, segundo a versão do autor, chegaram a ficar emparelhados por várias vezes e houve muita discussão. Momentos depois, conta o bombeiro, Luan desembarcou da moto e o esperou se aproximar dele.

O mototaxista, afirma o bombeiro, desferiu um tapa no vidro traseiro do seu carro, caminhando em direção à porta do motorista com as mãos para trás, como se estivesse armado.

O bombeiro continua se defendendo e alega que tentou sair do carro, quando a vítima tentou dar um soco no seu rosto e ainda teria dito que iria matá-lo, colocando novamente as mãos para trás.

O TIRO – Após as ameaças, continua o depoimento, o bombeiro afirma que, de dentro de seu carro, sacou sua pistola calibre 380 e atirou uma só vez.  Luan, segundo ele, saiu gritando.

Depois de ter cometido o assassinato, o bombeiro disse que ficou nervoso e se dirigiu ao Centro da cidade.

Ele também entregou a pistola à Polícia. A arma estava com 17 munições intactas e uma, deflagrada.

Com informações Campos 24Horas