Este domingo, 26 de junho, é o Dia Nacional do Diabetes. A data, criada por meio de uma parceria entre o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS), tem por objetivo conscientizar a população quanto aos cuidados para prevenção da doença que atinge 463 milhões de pessoas no mundo.
O cardiologista Elias Antônio Yunes, coordenador do programa Hiperdia, da Secretaria Municipal de Saúde, explicou que o diabetes é um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, que são a principal causa de mortes no mundo. “O diabetes dobra a chance de a pessoa sofrer um infarto. Dois em cada três diabéticos morrem por doença cardiovascular”, disse o médico.
Ele afirmou ainda que no Brasil, apenas dois em cada 10 diabéticos estão com a glicose controlada, sendo que 10% da população adulta tem diabetes, mas somente uma em cada duas pessoas estão diagnosticadas.
“O preocupante é que a maioria só descobre a doença durante uma consulta de rotina, já que não apresenta sintomas, como fome e sede em excesso, além de perda de peso e vontade de urinar várias vezes por dia”, afirmou ele, ressaltando que o Hiperdia tem por objetivo acompanhar pacientes diabéticos e hipertensos.
A sala do programa, que é um dos mais antigos do município, funciona no Centro de Saúde, anexo ao prédio da secretaria de Saúde. Ele tem como braço o Centro de Referência de Lesões Cutâneas e Pé Diabético, situado à Rua Salvador Corrêa, nº 146, no Centro.
Com 57 anos, Erenilda Gomes Mota, moradora do bairro do Caju, contou que descobriu a doença quando tinha 42 anos de idade. Com uma ferida na perna direita, Erenilda é uma das pacientes atendidas pelos profissionais do Pé Diabético, onde faz curativo diariamente.
Antes do diagnóstico, ela disse que teve sintomas como tontura e formigamento nos pés e mãos. “Quando fiz o exame de sangue, minha glicose estava em 600 mg/dl. Hoje faço uso de insulina e procuro me alimentar de forma saudável”, afirmou.
O cardiologista Elias Yunes afirmou que o valor de referência de glicemia considerado normal em jejum é de 100 mg/dl. “Entre 100 mg/dl e 125 mg/dl é pré-diabetes e diabetes, igual ou superior a 126 mg/dl”, explicou ele, destacando que 10% dos pacientes são portadores do diabetes tipo 1 e 90% do tipo 2. Segundo o médico, 12% dos gastos em saúde no mundo se devem às complicações causadas pela doença.
Para prevenir a doença e proteger a saúde do diabético, Elias Yunes aconselha a adoção de práticas saudáveis como uma alimentação equilibrada, controle do peso e da pressão arterial, atividade física, sono regular e exclusão do fumo. “Quando falamos em alimentação adequada não é só evitar doces”, acrescentou.
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