A prefeita cassada de Cardoso Moreira, Geane Vincler, tenta mais uma vez iludir a população ao se apresentar como vítima de uma suposta injustiça da Justiça Eleitoral.
No entanto, o que ela e sua equipe de marketing—que parece confundir propaganda institucional com promoção pessoal—não conseguem esconder é o histórico robusto de denúncias e investigações que levaram à sua cassação e que ainda podem aprofundar sua crise política.
A prefeita divulgou uma nota à imprensa local—que, convenientemente, se limitou a reproduzi-la sem questionamentos—alegando estar surpresa com a decisão que cassou seu mandato e a tornou inelegível por oito anos.
Contudo, o que ela omite é que esta foi apenas a primeira de uma série de ações que podem sepultar de vez sua carreira política.
Além da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida pela Dra. Ângela Campos (0600597-08.2024.6.19.0141), que resultou na cassação de seu mandato e de sua vice, Neriete Navarro, a prefeita responde a TRÊS outras AIJEs.
Duas foram movidas pelo Ministério Público e uma pelo Partido Republicanos, todas com provas robustas de abuso de poder e manipulação da máquina pública.
Confira as acusações que ainda aguardam julgamento:
➡️ Ação do MP (0600572-92.2024.6.19.0141) – Geane Vincler foi flagrada entregando pessoalmente cadeiras de rodas e outros benefícios a eleitores carentes, usando esses momentos para pedir votos explicitamente. O caso mais emblemático envolve Carlos Vieira de Souza, que recebeu uma cadeira de rodas para sua mãe em troca de apoio eleitoral.
➡️ Outra ação do MP (0600579-84.2024.6.19.0141) – A prefeita intimidou servidores municipais, exigindo que fizessem campanha para sua reeleição sob ameaça de demissão. Um áudio anexado ao processo comprova o episódio. Além disso, utilizou o programa “Cartão Recomeçar” para distribuição irregular de benefícios com fins eleitorais e explorou a entrega de medicamentos pela Secretaria de Saúde, promovendo-se em pleno ano eleitoral.
➡️ Ação do Partido Republicanos (0600611-89.2024.6.19.0141) – Geane Vincler e sua equipe transformaram o benefício do Aluguel Social em um instrumento de chantagem política. Beneficiários que não apoiavam sua candidatura tiveram o auxílio cancelado arbitrariamente.
Mais uma prova do uso da máquina pública para fins eleitorais.
Para tentar dissipar o impacto das denúncias, a prefeita escalou seu advogado para conceder entrevista a uma rádio local—que, coincidentemente, também é aliada à sua gestão e enfrenta processo de improbidade administrativa por receber pagamentos irregulares da prefeitura.
A questão que fica é: o que será dito nessa entrevista? Uma tentativa desesperada de justificar o injustificável? Um novo discurso de perseguição política? Ou uma cortina de fumaça para enganar seus apoiadores e servidores comissionados?
O fato é que a cassação do mandato de Geane Vincler foi apenas o primeiro golpe.
Com audiências das outras três ações marcadas para 24 de fevereiro, sua situação pode se agravar ainda mais em março. E nem toda a encenação de vitimização será suficiente para mudar esse cenário.
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