Governador Cláudio Castro (PL) afirmou que a operação de terça-feira no Complexo da Maré, teve como objetivo “desarticular mais uma organização criminosa que tá usando o roubo de carros para o seu fortalecimento financeiro” e que a ação dos criminosos acontece a partir de ordendadas por lideranças criminosas com base na Maré, na Cidade de Deus e também, em parte, na Rocinha. As declarações foram dadas ao RJTV, da TV Globo. Castro defendeu ainda a legalidade da operação.
— A operação cumpriu todos os requisitos do DPF, ela foi avisada antes aos órgãos de controle, todos os policiais estavam portando câmeras corporais. Não foi um sucesso, por óbvio (se referindo à morte de um polícia do Bope), mas ela atingiu o objetivo final que foi desarticular mais uma organização criminosa — disse o governador.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin determinou na noite da última terça-feira que o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), apresente informações sobre uma operação policial no Complexo da Maré, na zona norte da capital. A ação foi iniciada na terça, continua nesta quarta e já deixou ao menos três mortos, incluindo um policial militar.
— Queria me solidarizar com a família do J. Cruz Toda vez que um policial tem a vida ceifada não pode ter sucesso uma operação, então a gente lamenta demais a morte dele. Também o Rafael, que está hospitalizado, a gente espera que ele saia com vida — disse Cláudio Castro.
O governador se referia ao terceiro-sargento do Bope Jorge Henrique Galdino Cruz, de 32 anos, que morreu mesmo após tentativas de reanimação no Hospital Federal de Bonsucesso — ele foi velado na tarde desta quarta-feira, no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste do Rio — e ao segundo-sargento Rafael Wolfgramm Dias, também do Bope, que sofreu ferimentos, passou por cirurgia e segue internado no CTI daquela unidade.
De acordo com Castro, a operação na Maré tinha como alvo a desarticulação de uma quadrilha que pratica roubo de veículos “para cometer crimes” e “fortalecimento financeiro”. O governador disse ainda que dados da inteligência apontavam a presença de “criminosos de outros estados” na região.
— A gente sabe que hoje tem alguns pontos importantes como a Cidade de Deus, a Maré e um pouco da Rocinha também, que é de onde parte a ordem das lideranças para cometer crimes, então é toda uma polícia de segurança. A operação de ontem (terça-feira) é um fato isolado, mas que está dentro de todo um contexto da política de segurança pública — disse Cláudio Castro ao RJTV.
Vinte e quatro suspeitos foram presos — entre eles sete integrantes da cúpula do tráfico de Minas Gerais — até às 22h. Onze fuzis, uma metralhadora antiaérea, cinco pistolas, uma espingarda calibre 12, uma granada e drogas foram apreendidas. A polícia estima que o material esteja avaliado em R$ 1 milhão. A ação desta terça se concentrou nas comunidades Vila do João, Timbau e Baixa do Sapateiro.
Outras Noticias
Homem faz mulher refém com tesoura em delegacia de Campos
Homem faz mulher refém com tesoura em delegacia de Campos
Polícia Encontra Estufa com Mais de 60 Pés de Maconha em Operação em guarus