Novembro 21, 2024

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Governador defende legalidade da operação na Maré, lamenta PM morto e diz que objetivo final foi atingido

Governador Cláudio Castro (PL) afirmou que a operação de terça-feira no Complexo da Maré, teve como objetivo “desarticular mais uma organização criminosa que tá usando o roubo de carros para o seu fortalecimento financeiro” e que a ação dos criminosos acontece a partir de ordendadas por lideranças criminosas com base na Maré, na Cidade de Deus e também, em parte, na Rocinha. As declarações foram dadas ao RJTV, da TV Globo. Castro defendeu ainda a legalidade da operação.

— A operação cumpriu todos os requisitos do DPF, ela foi avisada antes aos órgãos de controle, todos os policiais estavam portando câmeras corporais. Não foi um sucesso, por óbvio (se referindo à morte de um polícia do Bope), mas ela atingiu o objetivo final que foi desarticular mais uma organização criminosa — disse o governador.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin determinou na noite da última terça-feira que o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), apresente informações sobre uma operação policial no Complexo da Maré, na zona norte da capital. A ação foi iniciada na terça, continua nesta quarta e já deixou ao menos três mortos, incluindo um policial militar.

— Queria me solidarizar com a família do J. Cruz Toda vez que um policial tem a vida ceifada não pode ter sucesso uma operação, então a gente lamenta demais a morte dele. Também o Rafael, que está hospitalizado, a gente espera que ele saia com vida — disse Cláudio Castro.

O governador se referia ao terceiro-sargento do Bope Jorge Henrique Galdino Cruz, de 32 anos, que morreu mesmo após tentativas de reanimação no Hospital Federal de Bonsucesso — ele foi velado na tarde desta quarta-feira, no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste do Rio — e ao segundo-sargento Rafael Wolfgramm Dias, também do Bope, que sofreu ferimentos, passou por cirurgia e segue internado no CTI daquela unidade.

De acordo com Castro, a operação na Maré tinha como alvo a desarticulação de uma quadrilha que pratica roubo de veículos “para cometer crimes” e “fortalecimento financeiro”. O governador disse ainda que dados da inteligência apontavam a presença de “criminosos de outros estados” na região.

— A gente sabe que hoje tem alguns pontos importantes como a Cidade de Deus, a Maré e um pouco da Rocinha também, que é de onde parte a ordem das lideranças para cometer crimes, então é toda uma polícia de segurança. A operação de ontem (terça-feira) é um fato isolado, mas que está dentro de todo um contexto da política de segurança pública — disse Cláudio Castro ao RJTV.

Vinte e quatro suspeitos foram presos — entre eles sete integrantes da cúpula do tráfico de Minas Gerais — até às 22h. Onze fuzis, uma metralhadora antiaérea, cinco pistolas, uma espingarda calibre 12, uma granada e drogas foram apreendidas. A polícia estima que o material esteja avaliado em R$ 1 milhão. A ação desta terça se concentrou nas comunidades Vila do João, Timbau e Baixa do Sapateiro.