No pequeno município de Cardoso Moreira, uma trama silenciosa se desenrola nos bastidores políticos, onde os comissionados em cargos públicos se tornaram os fervorosos defensores do governo local. Num espetáculo de lealdade inabalável, esses colaboradores não hesitam em rotular a oposição como burra, numa tentativa de menosprezar aqueles que ousam questionar a atual administração.
Por trás dessa fachada de confiança cega, paira uma realidade sombria. Muitos desses comissionados, envolvidos numa dança perigosa entre o poder e a subserviência, desconhecem a possibilidade de que sua fonte de sustento pode estar prestes a secar. A fé incondicional em seu candidato pode se transformar em desemprego assim que a maré política mudar.
Enquanto exaltam as supostas virtudes do governo, esses comissionados se esquecem de que a democracia pressupõe o contraditório, a análise crítica e a alternância de poder. Chamar a oposição de burra tornou-se uma arma retórica, mas será que, no final das contas, a burrice não está na miopia política de quem não enxerga além do próprio interesse?
O jogo político em Cardoso Moreira está em constante transformação, e os comissionados, ao se tornarem peças-chave nesta engrenagem, arriscam-se a serem descartados quando a maré política virar. Num cenário onde a subserviência é a moeda de troca, a lição a ser aprendida pode ser amarga: a fidelidade cega pode ser recompensada com um futuro incerto e desemprego.
Enquanto as eleições se aproximam, a cidade assiste a essa dança política, onde a lealdade cega é a trilha sonora. Resta saber se os comissionados despertarão para a realidade ou continuarão a dançar na corda bamba da política local, ignorando que, em alguns casos, a queda é inevitável.
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