O soldado Giovanni de Oliveira Camarte precisou ser internado no Hospital Central da Polícia Militar (HCPM), no Estácio, na Zona Norte do Rio, após sofrer um surto. Ele estava preso até então no Batalhão Especial Prisional (BEP), em Niterói, na Região Metropolitana do estado, após ter atirado quatro vezes contra o tatuador Douglas Braga e incendiado seu corpo e seu carro. A vítima era amante de sua mulher, estava desaparecida e teve o cadáver localizado no início de dezembro, em um matagal, Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
De acordo com a Secretaria de Polícia Militar, Giovanni encontra-se internado sob custódia na unidade de saúde e seu quadro clínico é considerado estável.
Segundo as investigações da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), após Giovanni marcar um encontro com Douglas se passando pela mulher, o tatuador foi até o imóvel onde o casal morava, no dia 10 de novembro. O soldado então teria abordado a vítima e o colocado no banco da frente do seu carro, enquanto ela entrou algemada na parte de trás do veículo.
Após Douglas supostamente tentar agredir Giovanni, o policial militar disse que teria efetuado em legítima defesa os quatro disparos, matando o tatuador na hora. Na delegacia, a mulher contou que o marido a deixou em casa e levou sozinho o corpo até o matagal deserto, no bairro KM 32.
Ao jogar gasolina no cadáver e no carro do tatuador, o soldado acabou sofrendo algumas queimaduras de segundo grau pelo corpo e precisou ser internado por seis dias no HCPM, passando por cirurgias plásticas. Na unidade de saúde, ele teria informado haver se ferido ao tentar suicídio. Na madrugada da última sexta-feira, agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) periciaram o local onde o corpo foi ocultado.
Douglas teria começado a se relacionar com a esposa do PM em março do ano passado. No mês seguinte, quando se mudou para o Recreio, na Zona Oeste do Rio, os passaram a dormir juntos no apartamento dele durante os plantões do militar, na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Borel, na Tijuca, na Zona Norte da cidade. Ao desconfiar de relacionamento extraconjungal, o soldado instalou na residência uma câmera, que flagrou o tatuador chegando ao local dias depois. No início de novembro, o marido teria decidido armar uma emboscada e mandou uma mensagem ao amante pelo celular da esposa.
Na madrugada de 2 de dezembro, equipes da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) acompanharam o PM à DDPA em cumprimento a uma intimação. “Posteriormente, o soldado foi conduzido junto a agentes da especializada a Nova Iguaçu, ao bairro KM 32, onde foi encontrado um corpo. Após ser ouvido na Cidade da Polícia, ele foi colocado à disposição área Correcional da Corporação, que instaurou um procedimento apuratório paralelamente. O militar aguarda os próximos trâmites judiciais”, disse a corporação, em nota.
Fonte: EXTRA
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