O Mutirão de Ortopedia, que vai terminar no dia 31 de dezembro, beneficiou mais um paciente com uma cirurgia inédita de correção do ombro, realizada na quinta-feira (22), no Hospital Escola Álvaro Alvim (HEAA). Lançado oficialmente pelo prefeito Wladimir Garotinho em 02 de junho, os 14.875 procedimentos disponibilizados pela Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Diretoria de Auditoria, Controle e Avaliação (DACA), integram a terceira etapa do Mutirão da Saúde.
O paciente, uma mulher de 77 anos, sofria de uma doença denominada Artropatia do Manguito Rotator, que provocava dores intensas no ombro e impedia a movimentação do braço, por conta das lesões tendíneas e artrose que evoluíram para um quadro de limitação.
O procedimento de implantação de Prótese Reversa do Ombro, custeada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), foi realizado pela equipe de cirurgia ortopédica do HEAA, chefiada pelo médico Jamil César de Queiroz e o especialista em ombro e cotovelo, Luís Eduardo Ramos Abílio de Lima.
O médico Jamil Queiroz ressaltou a importância do ineditismo do procedimento para demonstrar a qualificação dos cirurgiões do hospital. “Até este momento, os pacientes tinham que ser encaminhados para grandes centros, como o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia. O mutirão de cirurgia ortopédica, promovido pela Prefeitura de Campos, tem proporcionado a inúmeras pessoas, tratamentos especializados que eram de difícil acesso”, afirmou.
Já Luís Eduardo, ortopedista especializado em ombro e cotovelo pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, disse que o procedimento realizado na paciente é considerado complexo, já que o cirurgião precisa fazer uma reversão da anatomia do ombro para garantir a implantação e o bom funcionamento da prótese.
Segundo ele, a cirurgia transcorreu dentro do planejado e as expectativas quanto à recuperação da paciente são excelentes. “Esperamos uma evolução para um estágio de ausência de dores e o retorno das atividades normais. Após a alta hospitalar, prevista para esta sexta-feira, ela vai permanecer 4 semanas com imobilização no local e, em seguida, liberada para um tratamento de fisioterapia, com previsão de recuperação total de 4 a 6 meses”, explicou.
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