A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde e Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct), retomou a aplicação da vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV) nas escolas da rede municipal de ensino. A ação teve início nesta quarta-feira (18), na Escola Municipal Amaro Prata Tavares, no Centro.
Miguel Alves de Moraes Carneiro, 13 anos, aluno do 8º ano do Ensino Fundamental, e Lara Alvarenga, 13 anos, do 7º ano, foram os primeiros estudantes imunizados com a segunda dose da vacina. O vírus HPV é a principal causa do câncer do colo de útero, o terceiro tipo mais frequente entre as mulheres.
Participaram do evento, denominado “Importância da imunização contra o HPV na idade escolar”, o subsecretário de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde (Subpav), Rodrigo Carneiro, o secretário de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct), Marcelo Feres, o assessor técnico do Departamento de Vigilância em Saúde da Subpav, Charbell Kury, a assessora técnica da Seduct, Cátia Melo, a diretora da E.M. Amaro Prata Tavares, Cristiane Monteiro Alves, além de professores e alunos.
A partir desta quinta-feira (19), mediante autorização dos pais ou responsáveis legais, os demais estudantes serão vacinados. Na próxima semana serão disponibilizadas as vacinas de rotina previstas no Programa Nacional de Imunizações (PNI). O subsecretário da Subpav, Rodrigo Carneiro, explicou que a vacinação nas escolas seguirá um cronograma a ser elaborado pelo PSE.
Após dar boas-vindas aos estudantes, o secretário de Educação, Ciência e Tecnologia, Marcelo Feres, garantiu que todos os 55 mil alunos da rede municipal, distribuídos nas 234 escolas, terão a oportunidade de tomar a vacina contra o HPV, assim como atualizar a caderneta de vacinação.
“Queremos que nossos alunos tenham saúde no futuro. Vocês têm papel fundamental na propagação das informações sobre a importância das vacinas”.
Já o assessor técnico do Departamento de Vigilância em Saúde da Subpav, Charbell Kury, explicou sobre as formas de contágio do HPV, o que é esse vírus e quais os tipos. Charbell disse que, diferente da Covid-19, que apresenta sintomas, a pessoa infectada pelo HPV é assintomática, mas alguns subtipos do vírus podem causar o aparecimento de verrugas genitais ou lesões precursoras de câncer, como o de colo de útero, garganta ou ânus.
“O contágio pode ocorrer no contato pele a pele, principalmente durante a relação sexual, Por esse motivo, o uso de preservativo e a vacina garantem a proteção”, afirmou.
A dona de casa Márcia Alves de Moraes, 57 anos, mãe de Miguel, que recebeu a segunda dose da vacina contra o HPV, considerou positiva a ação na escola. Moradora do Parque Lebret, ela disse que nem sempre tem tempo de ir a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para vacinar o adolescente.
“Ele é autista e, quando terminam as aulas, tenho que levá-lo à Apape, onde faz acompanhamento”, contou ela, ressaltando que descobriu que o filho era portador do Transtorno do Espectro Autista (TEA) há quase quatro anos.
Campos foi o primeiro município de porte médio brasileiro a disponibilizar, gratuitamente, a partir de outubro de 2010, no governo da ex-prefeita Rosinha Garotinho e do secretário municipal de Saúde, Paulo Hirano, que também respondia pela pasta à época, a vacina contra o HPV para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos com esquema de duas doses, num intervalo de seis meses. O pioneirismo levou Campos a aplicar mais de 100 mil doses do imunizante entre 2010 a 2016.
Três anos depois da implantação da vacina pela ex-prefeita Rosinha, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina no calendário do Sistema Único de Saúde (SUS).
Outras Noticias
Equipes do HFM recebem treinamentos sobre novos produtos de desinfecção
Saúde amplia número de postos de vacinação de rotina e gripe no município
Projeto SOS Coração é apresentado na 19ª Mostra “Brasil, aqui tem SUS”