O preço do GNV disparou nas últimas semanas. O movimento em uma oficina que vende e instala o kit gás ainda é grande, mas já foi bem maior. Desde o último reajuste no GNV, de 19%, a procura caiu quase pela metade.
“Há realmente aquela correria do usuário de achar que não é o momento de botar gás. Mas aí ele vem, começa a abastecer o carro com etanol e com gasolina, ele vê que o preço é muito mais caro, muito mais alto, e ele acaba voltando para o GNV”, diz o representante comercial Márcio Paschoal.
A alta acumulada nos últimos 12 meses do GNV é de 37%, maior que a da gasolina e do etanol. O reajuste do GNV no período só perde para o diesel.
O levantamento da Agência Nacional do Petróleo mostra que esse último reajuste fez o preço médio do metro cúbico do gás (R$ 5,265) encostar no preço médio do litro de álcool (R$ 5,323).
Os motoristas reclamam.
“Há um ano atrás a gente abastecia, enchia o tanque com R$ 40, R$ 45. Hoje para abastecer, encher o tanque de gás, a gente está gastando R$ 73, R$ 75”, reclama o veterinário Rogério Melo.
“Está pesando, sim, no preço. Para quem trabalha na rua, está muito difícil”, lamenta o motorista Pablo da Silva Menezes.
A explicação é a mesma para a alta dos combustíveis líquidos: o preço do GNV acompanha a cotação internacional do petróleo e sofre também influência do câmbio.
Instalar o kit gás não é barato. Numa loja no Rio, os preços variam de R$ 3 mil a R$ 5 mil, dependendo do modelo do carro. Então, mais do que nunca, é preciso fazer as contas direitinho para saber se vale mesmo a pena investir na conversão.
No ano passado, o kit gás foi instalado em quase 1 milhão de carros. Os fabricantes dos equipamentos dizem que 1 metro cúbico de gás pode render o dobro de 1 litro de álcool. Mas essa relação pode ser bem menor dependendo do motor do carro, do uso do ar-condicionado e do pé do motorista no acelerador.
O professor de economia da Universidade Federal Fluminense Luciano Losekann alerta que o GNV mais caro deixa uma margem menor para o motorista que pensa em instalar o kit gás.
“O motorista que roda mais, aí sim, se paga e é interessante. O motorista de aplicativo, o motorista de táxi vão ter vantagem, principalmente naqueles estados que têm maior oferta de GNV, como é o caso do Rio de Janeiro. Os motoristas que rodam pouco não têm interesse de colocar o kit”, explica.
Fonte: G1
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