Uma operação foi realizada nesta terça-feira (8) em Casimiro de Abreu para colher informações e saber se uma mulher vendeu o filho biológico recém-nascido depois de forjar a morte da criança.
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Casimiro de Abreu, onde mora a mãe biológica da criança; e no distrito de Unamar, em Cabo Frio, onde a mora a mulher que teria adotado o bebê ilegalmente.
A “Operação Cegonha” foi realizada pela Polícia Civil, pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e pelo Conselho Tutelar.
A Polícia iniciou as investigações após a moradora de Casimiro apresentar um atestado de óbito falso da criança. Segundo a polícia, quando ainda estava grávida, a mulher entrou em contato com a Assistência Social da cidade dizendo que tinha engravidado após um estupro e queria entregar a criança para a adoção.
Poucos dias depois, ela voltou à Secretaria dizendo que mudou de ideia, disse que o filho era do namorado e que havia decidido ficar com a criança.
Depois do período de gestação, funcionários do Conselho Tutelar foram até a casa da mulher para averiguar como ela estava, mas quando chegaram não encontraram a criança. Quando a questionaram sobre o paradeiro do bebê, ela disse que fez o parto em Cabo Frio e que a criança nasceu morta. Ela apresentou um atestado de óbito.
Os conselheiros desconfiaram da veracidade do documento e acionaram o MPRJ, que passou a investigar o caso junto com a Polícia Civil. Eles descobriram que o atestado era falso e foram até o hospital onde o parto aconteceu.
Na unidade, os policiais descobriram que a mãe biológica deu entrada no hospital usando a identidade da mãe adotiva com a foto adulterada. E a mãe adotiva assistiu ao parto como acompanhante usando a identidade da irmã. Assim, nos registros do hospital só constava o nome da mãe adotiva como se fosse a biológica.
Ao descobrir o esquema, a polícia o caso complexo e decidiu realizar a operação em busca de documentos que esclareçam se o bebê foi comprado e se há um esquema especializado em venda de bebês ou se esse foi um caso isolado.
O material foi apreendido, a mãe adotiva e os familiares foram levados para a delegacia para prestar depoimento. Se for comprovado, ela pode responder por falsidade ideológica, associação criminosa e adoção ilegal.
O bebê foi levado para um abrigo até que uma decisão judicial seja obtida.
Fonte: G1
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