A paixão pela literatura levou a campista Ana Souza, de 16 anos, a escrever o livro “Aventuras femininas na Planície Goytacá”, um misto de realidade e ficção para retratar 16 mulheres campistas que marcaram a trajetória da cidade, que será lançado nesta sexta-feira (04), a partir das 17h, no espaço café literário da XI Bienal de Campos, situado no Guarus Plaza Shopping.
“É uma emoção muito grande fazer parte da XI Bienal de Campos. Desde pequena, eu ia nas bienais e gostava muito de ler. Às vezes, a gente faz as coisas e não tem noção que futuramente podemos fazer parte de um momento tão valioso como esse. Muito feliz e muito grata por tanto. Agradeço demais a Prefeitura de Campos por essa oportunidade. A obra está num valor simbólico de R$ 35”.
O livro conta história de diversas mulheres campistas como Benta Pereira, Finazinha de Queiroz, Mercedes Batista, mulheres que passaram pela 2ª Guerra Mundial, entre outras personalidades. Ainda, de acordo com Ana Souza, o objetivo do livro é trazer a história de Campos, unindo o contemporâneo ao clássico e apresentar ao público infanto-juvenil as mulheres revolucionárias, com bastante representatividade na história do município.
“A personagem principal se chama Maria, uma menina abandonada na porta de um orfanato na Vila de São Salvador (nome da cidade de Campos antes de ser elevada à categoria de cidade), em 1730. Depois de 14 anos, a adolescente foi apadrinhada por uma mulher muito influente, que a ensina a lutar pelo que acredita e a ser perseverante. Os anos se passaram e ela foi abençoada por uma deusa indígena, chamada Jaci, que a dá o dom de viajar no tempo. Ela encontra com todas as mulheres e insiste para que elas não desistam das suas missões. E cada uma dessas mulheres fez parte da mudança da história de Campos”, disse a escritora.
Paixão à primeira vista – Ana Luiza dos Santos Souza pensou em escrever o livro durante uma viagem em Vassouras, no Centro-Sul do Rio de Janeiro. “Quando eu cheguei em Vassouras, percebi que a população valoriza a cultura e a história da cidade, e assim que eu voltei para Campos, minha percepção mudou muito. A nossa cidade tem tantos cenários incríveis, tantas histórias, porque as pessoas não têm tanta essa sensação de pertencimento. Comecei a pesquisar, estudar e me apaixonei pela nossa história. Desde então, comecei a pensar o que poderia fazer para os campistas e pudessem conhecer mais a história e veio a ideia do livro”, relatou.
Em 2020, a adolescente começou a escrever as aventuras das mulheres na planície goitacá e relatou que teve dificuldade para realizar a pesquisa na época, além de não ter tido ajuda do poder público. “Passei por muitas dificuldades. Quando somos jovens, não nos dão muita importância, não tive muitos acessos aos locais de pesquisas, não dão credibilidade, e fiz toda essa narrativa na pandemia. Além de na época não tive apoio do poder público. Tive que vender doces nas ruas e também dar aula particular. Campos precisa valorizar os escritores municipais, incentivar a escrita, e também fazer um investimento na produção científica”, declarou.
“As Aventuras da Planície Goytacá” é o livro mais vendido do interior do Rio de Janeiro – A escritora conta que as pessoas têm gostado muito. O livro tem feito muito sucesso e em todas as faixas etárias, mas principalmente para o público mais jovem com uma percepção muito pequena da história de Campos. O livro é sucesso de vendas em Campos, com 400 exemplares já vendidos.
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