“O mediador tem sido de suma importância no desenvolvimento do aluno especial. Ele tem auxiliado nas atividades, dando suporte no aprendizado desse aluno. Com isso, temos visto o avanço do estudante especial, tanto no aprendizado cognitivo quanto no desenvolvimento das habilidades sociais”. O depoimento é da diretora da Escola Municipal 29 de Maio, Adriana Martins de Matos, que recebeu quatro mediadores para ajudar nos cuidados com as crianças que apresentam necessidades especiais.
A escola tem 777 alunos e 33 apresentam necessidades especiais. “Sem a presença do mediador, fica bem difícil dar o suporte necessário a essa criança”, acrescentou. Assim como Adriana, a mediadora, recém contratada pela Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct), por meio de um processo seletivo temporário, Viviana Borges Machado também está satisfeita em sua nova função. Ela atua na Escola Municipal Sagrada Família, que tem 495 alunos e 53 com necessidades especiais, e conta que a recepção com os alunos foi muito boa.
“Com a criança que faço a mediação foi feito um trabalho mais de acolhê-lo, passar confiança, e criar vínculo, pois possuía resistência de interação com outras pessoas, para entrar na sala, tempo de mesa e principalmente interação com os colegas da turma. Nunca trabalhei em escolas, mas atuei na Apoe em que eram feitos trabalhos para dar suporte às crianças que apareciam com demandas em sala de aula. Está sendo uma experiência única e muito enriquecedora”, diz Viviana.
A Secretaria de Educação realizou, este mês, a segunda convocação de mediadores e cuidadores. Ao todo, 352 profissionais estão auxiliando os alunos e os professores regulares no processo de ensino-aprendizagem. Eles estão sendo capacitados pela Escola de Formação dos Educadores Municipais (EFEM) e da Coordenação de Educação Especial Inclusiva.
O processo seletivo foi viabilizado após a criação da Política Municipal de Atendimento à Educação Especial Inclusiva, aprovada por meio da Lei nº 9.145, de 05 de maio de 2022, com o objetivo de assegurar o acesso, a permanência, a participação plena e a aprendizagem de bebês, crianças, adolescentes, jovens e adultos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento (TGD) e altas habilidades ou superdotação nas unidades escolares da rede municipal.
Coordenadora do Departamento de Educação Especial Inclusiva, Carolina do Carmo explicou a diferença entre cuidador e mediador. “O cuidador presta atendimento aos alunos que necessitam de apoio no âmbito da alimentação, higiene, locomoção e atuação em todas as atividades escolares, visando atender suas necessidades básicas – fisiológicas, higiene e afetivas. E o mediador visa apoiar os professores das salas de ensino regular, no desenvolvimento do planejamento pedagógico e nas atividades pedagógicas dos educandos, público alvo da Educação Especial Inclusiva”, finalizou Carolina.
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