Novembro 22, 2024

Portal Goitacá

A Noticia da Cidade

Polícia prende mãe e padrasto de menina atendida na UPA; laudo aponta abuso sexual e espancamento

A delegada da 146ª Delegacia de Polícia de Guarus, Madeleine Farias revelou na noite desta quinta-feira (1º), em coletiva que a menina de dois anos, que deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Guarus, em Campos, na noite de quarta-feira (31), sofreu abuso sexual e foi espancada. Ainda de acordo com a delegada, o laudo pericial aponta que a causa da morte foi hemorragia interna causada pelo rompimento do fígado e do baço. Além disso, o documento indica que a menina apresentava lesões diferentes, produzidas em diferentes situações. A mãe e o padrasto foram presos também nesta quinta, em diligências na praia de Santa Clara, em São Francisco de Itabapoana.

Madeleine revelou que o laudo pericial apontou abuso sexual e espancamento. Ela contou ainda que a rapidez da equipe médica da UPA e a precisão dos relatos foi fundamental para ação rápida da polícia.

“Os peritos confirmaram, através do laudo pericial, que a menina foi abusada recentemente. Houve rompimento de hímen e fissura recente no ânus, mostrando que ela foi abusada. E mais, o laudo demonstra que ela foi espancada. A morte dela foi em decorrência de uma hemorragia contundente pela laceração do fígado e do baço da menina. Ou seja, ela foi espancada, a gente não sabe se com chute ou instrumento contundente, mas não há dúvidas de que ela foi abusada e espancada”, disse a delegada.

Madeleine disse ainda que há relatos de que a mãe tinha saído para uma mercearia quando a menina sofreu o abuso, mas que o laudo apresentava outras lesões em datas anteriores. “A omissão dela foi relevante para que esse crime acontecesse”, disse.

A equipe médica da UPA relatou que o casal chegou na unidade contando que a menina teria convulsionado em casa, caído e batido com a nuca no chão. Os médicos começaram a massagear a criança e perceberam lesões incompatíveis com os relatos e acionaram a Polícia que, imediatamente iniciou as diligências.

Ainda de acordo com a delegada havia informações de que os dois já teriam fugido e a mãe não foi ao sepultamento da filha. Ela relatou ainda que a mãe teria dito que a menina começou a apresentar manchas roxas há cerca de um ano e que, perguntada se não tinha levado a um médico, ela disse que resolveu procurar um pediatra na última semana.

Entenda o caso

Segundo informações contidas no registro de ocorrência feito na 146ª DP, por volta das 20h25 de quarta a Polícia Militar foi acionada, logo após a morte da menina I.G.S, que completaria três anos nesta sexta-feira (2). Profissionais da unidade de saúde relataram aos policiais que a criança chegou desacordada e que, após 40 minutos de tentativa de reanimação, foi constatado o óbito. Os profissionais decidiram chamar a polícia porque verificaram a existência de lesões o corpo da criança, aparentemente incompatíveis com o relato de uma queda no banheiro, conforme havia sido informado pela mãe da menina.

Fonte: Terceira Via