O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Armação dos Búzios, com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), e a Polícia Civil, por meio da 127ª DP (Búzios) e a PMERJ (14° BPM), cumpre, nesta terça-feira (10/12), sete mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão contra integrantes de uma organização criminosa responsável pela prática de grilagem, na região de Armação dos Búzios, no litoral fluminense.
No total, 12 pessoas foram denunciadas por crimes ambientais, parcelamento irregular de solo urbano e outros ilícitos, na Operação Nova Grilagem. Natalino José Guimarães, ex-policial e político com base eleitoral na zona oeste do Rio, é um dos presos. Ele foi eleito deputado estadual em 2006. Foi preso cem Campo Grande. Duas pessoas foram presas em Búzios e Duas no Rio, inclusive Natalino.
Os mandados expedidos pelo Juízo da Vara Especializada em Organização Criminosa da Capital estão sendo cumpridos em diversos endereços nos municípios de Búzios, Cabo Frio, Rio das Ostras, além da capital.
A investigações tiveram início a partir de notícias-crime comunicando a ocorrência de invasões de terras por grupos armados em diversos terrenos, na região da Estrada da Fazendinha. Segundo a denúncia do MPRJ, o grupo estaria em atividade desde o ano de 2020, utilizando práticas violentas e fraudulentas para ocupar e comercializar terrenos na região. As apurações revelaram que a organização utilizava seguranças armados para intimidar moradores e proprietários, desmatava áreas protegidas e promovia queimadas. A estrada fica no bairro Baía Formosa, em Búzios, próximo à divisa com Cabo Frio.
Ainda segundo a denúncia, o grupo se valia de ações judiciais sem decisões favoráveis como argumento para justificar a invasão e comercialização dos terrenos. Segundo a inicial da ação penal, com o ajuizamento de ações, e sem decisão judicial, os líderes promoviam a invasão violenta das terras e colocavam seguranças 24 horas nas áreas invadidas. Após as invasões, desmatavam com retroescavadeiras e motosserras as áreas invadidas, reloteavam a área e passavam a vender os terrenos.
A denúncia do MPRJ destaca que o grupo criminoso se aliou a uma empresa sediada em Campo Grande para promover o loteamento da área invadida e venda dos terrenos. Além disso, deu lotes a figuras conhecidas por envolvimento com a milícia em troca da prestação de serviço de segurança das invasões promovidas.
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