Novembro 23, 2024

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Políticas para as Mulheres encerra Outubro Rosa com marcação de mamografias

No evento, que chegou a sua a quarta edição, ainda teve vacinação e palestra sobre a importância do autocuidado e a relação com o diagnóstico

Por: Angélica Paes – Foto: Rodrigo Silveira

Encerrando o Outubro Rosa, a Subsecretaria de Políticas para as Mulheres realizou, na manhã desta quinta-feira (31), no Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM), evento com o tema “Você sempre cuida de tudo e de todos. E você, tem lembrado de cuidar de você, da sua saúde?”, reforçando o combate ao câncer de mama. Corte de cabelo para doação, marcação de exame papanicolau e mamografia, vacinação e ainda palestra sobre a importância do autocuidado e a relação com o diagnóstico foram alguns dos serviços prestados.

A gestora da pasta, Josiane Viana, falou sobre a quarta edição do evento. “Esse ano optamos por fazer na sede do Ceam, um lugar mais intimista, voltado para as mulheres que a gente atende, apesar de ser aberto a todos. Sabemos que o perfil das mulheres que atendemos aqui é de quem está com seu emocional abalado e isso faz com que ela esqueça de si mesma. Por isso estamos trabalhando esse tema, porque, para cuidar do outro, para se dedicar ao outro, a gente precisa estar bem com a gente mesma”.

Josiane relata que a ação serve de alerta para que as mulheres, em especial as assistidas, possam se cuidar, possam estar atentas para manter em dia seus exames. Durante a ação, foram disponibilizadas 80 vagas para exames de mamografia e papanicolau. “O câncer de colo de útero é o terceiro câncer que mais atinge as mulheres. No Ceam, a gente atende na área jurídica, temos atendimentos com psicólogas e com o assistente social e, hoje, estamos cuidando da saúde da mulher como um todo”.

A doceira Andressa Tavares, 25 anos, é assistida pelo equipamento e aproveitou para marcar sua primeira mamografia e o exame papanicolau. A enfermeira do programa Saúde da Mulher, Beatriz Mayehorffer, explica que Andressa está na idade ideal para fazer o preventivo. “O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde nos orienta a coletar o material a partir dos 25 anos e, de três em três anos, porque a alteração celular que se detecta no exame papanicolau até o câncer em si demora de 5 a 10 anos para manifestar”.

Já Maria Santana Gomes aproveitou para cortar o cabelo e doar para o projeto Amigas Guerreiras. “Na verdade, a gente é muito acomodada, mas quando você vê uma pessoa do teu sangue passando por uma situação difícil com a qual a gente não pode fazer nada, como é o câncer, então a gente começa a se prevenir e principalmente a se importar com a causa. Tive essa posição de cortar o cabelo para doar, porque eu sei que, quando uma paciente oncológica perde todos os cabelos, por conta do tratamento, ela se sente triste e frustrada”, disse Maria, que tem uma irmã em tratamento contra câncer de mama.

A médica Walleska Freitas foi diagnosticada com câncer de mama aos 26 anos e passou por todas as etapas do tratamento. “No final de 2022, fui diagnosticada com câncer de mama, já em estágio avançado. Passei por quimioterapia, radioterapia, cirurgias e hoje, graças à Deus, estou em remissão. É muito gratificante estar aqui. Vim falar um pouco sobre a importância do diagnóstico precoce no câncer de mama, sobre a minha experiência e dizer que o diagnóstico de câncer de mama não é uma sentença de morte, e sim uma oportunidade de recomeço.l É possível que haja cura, principalmente quando descoberto precocemente. Por mais que seja falado, milhares de mulheres morrem por essa doença. Em 2020, foram mais de dois milhões de novos casos de câncer de mama no mundo inteiro e, no Brasil, está esperado mais de 17 mil novos casos nesse ano 2024. Daí a importância de falar sobre a prevenção e o diagnóstico precoce, porque isso salva vida”.