Neste sábado (21), é lembrado o Dia Nacional da Conscientização sobre a Doença de Alzheimer. Em Campos, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) oferece uma rede de serviços especializados para pacientes e suas famílias, através do Centro de Referência da Doença de Alzheimer e Parkinson (CDAP) e sua equipe interdisciplinar dedicada ao diagnóstico e tratamento precoce da doença neurodegenerativa.
A médica geriatra e coordenadora do CDAP, Deborah Casarsa, destaca que é fundamental entender que o declínio cognitivo na doença de Alzheimer vai além da perda de memória. “Precisamos observar também as funções executivas, que incluem a capacidade de planejamento e organização”, afirmou médica.
Qualquer paciente que apresente prejuízos na memória que interfiram em sua rotina diária pode ser encaminhado para o centro. Os encaminhamentos podem ser feitos pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou pelas policlínicas. No centro, os pacientes passam por uma triagem cognitiva, que consiste em testes de rastreio para medir o risco de Alzheimer. “Identificar os primeiros sintomas, como esquecimento significativo e dificuldades de orientação, é essencial para um diagnóstico precoce”, destacou Casarsa.
Além do atendimento médico, o tratamento é multidisciplinar e inclui apoio de psicólogos, fisioterapeutas e fonoaudiólogos. A equipe também promove encontros com as famílias, essenciais para esclarecer dúvidas e proporcionar suporte emocional. “A rede de apoio familiar é fundamental no contexto da doença”, explicou a especialista.
Os tratamentos disponíveis incluem medicações específicas, como os anticolinesterásicos, que são fornecidos pelo Estado e podem ser retirados nas farmácias da Secretaria de Saúde. Embora não existam medicamentos que modifiquem a progressão da doença, essas medicações ajudam a retardar a piora dos sintomas. “Recentemente, novas opções como o donanemab têm surgido, mas seu uso ainda é restrito devido a potenciais efeitos adversos”, disse Deborah.
Além da medicação, o centro oferece oficinas de memória e treinamentos de estimulação cognitiva, que são vitais para retardar a evolução da doença. “É importante abordar a doença de forma holística, considerando não apenas o tratamento medicamentoso, mas também intervenções que promovam o bem-estar mental e social dos pacientes”, conclui Deborah Casarsa.
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