O Hemocentro Regional de Campos (HRC) esteve presente no 2º Encontro Técnico-Científico dos Hemocentros do Brasil, realizado este mês em Fortaleza, no Ceará. Organizado pelo Instituto Pró-Hemo Saúde (IPH) e pela iniciativa Hemocentros Unidos, o evento reuniu serviços públicos de hemoterapia de todo o país, proporcionando uma troca de experiências e conhecimentos entre os gestores dos principais hemocentros do Brasil.
O HRC foi um dos convidados especiais, ao lado de importantes centros de São Paulo, como o Hemocentro de Botucatu, Ribeirão Preto e o da Unicamp. Durante o evento, os participantes tiveram a oportunidade de compartilhar suas experiências e participar de uma visita técnica ao Hemocentro Coordenador do Ceará.
A diretora do Hemocentro Regional de Campos, Sandra Chalub, que representou o HRC durante o encontro, destacou a importância dessa participação. “Esse encontro foi uma oportunidade incrível de trocar experiências com outros gestores e de apresentar nosso trabalho. Pudemos compartilhar com a plenária nossa parceria com o IPH, que começou em fevereiro com um curso online sobre o uso racional do sangue (pacient blood management-PMB) e o manejo transfusional. A capacitação envolveu profissionais de várias áreas da UTI, UTIP, e da emergência do Hospital Ferreira Machado, e tem sido um sucesso. Além disso, estamos avançando com cursos sobre boas práticas no atendimento ao cliente”, informou.
Sandra também enfatizou o impacto do trabalho contínuo no HRC e o foco no crescimento da equipe. “Fazemos mais do que garantir sangue para os pacientes; cuidamos também dos nossos doadores. A vontade de crescer e melhorar é constante. Desde a fundação em 1989, o Hemocentro tem buscado fazer a diferença. Em 2019, conseguimos realizar a maior campanha de cadastro de doadores de medula óssea da história do Redome, com 3.750 cadastros, e hoje já passamos de 6.000. Isso mostra que o que sonhamos juntos, funcionários e comunidade, se torna realidade”, enfatizou.
Dia Mundial do Doador de Medula Óssea
O Dia Mundial do Doador de Medula Óssea, uma data criada pela Associação Mundial de Doadores de Medula, é celebrado no terceiro sábado de setembro, que neste ano ocorre no dia 21. O principal objetivo é agradecer aos doadores e promover a conscientização sobre a importância desse gesto, que pode salvar vidas. A doação de medula óssea é fundamental no tratamento de mais de 80 doenças, como leucemia, linfoma e anemias graves.
Priscila Pixoline, moradora de Campos e diagnosticada com leucemia, é um exemplo do impacto que a doação de medula óssea pode ter. Ela foi transplantada em 2019, graças a um doador de Londrina, no Paraná e, agora se empenha em conscientizar a população sobre a importância dessa doação.
“Fui convidada pelo Pró-Medula para comemorar o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea no Rock In Rio. Conscientizar novos doadores faz toda a diferença para quem está na luta contra o câncer. Levar informação é levar esperança para quem está à espera de um transplante. Todos precisam entender a importância de um ato simples que salva vidas. Compareça ao hemocentro e seja um herói na vida de alguém!”, declarou Priscila.
O Brasil é um dos maiores exemplos globais em doação de medula óssea, ocupando o terceiro lugar no mundo, com cerca de 5 milhões de pessoas cadastradas no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME). No estado do Rio de Janeiro, Campos se destaca como o terceiro município a se tornar um polo de cadastro de doadores, sendo o primeiro fora da capital a oferecer esse serviço, iniciado pelo Hemocentro Regional de Campos em parceria com HLA da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em 18 de outubro de 2021.
Cadastro – Quando um paciente compatível é encontrado, a pessoa é contatada para realizar exames específicos e avaliação médica. Se o doador for liberado, o processo de doação é encaminhado. A medula óssea, também conhecida como “tutano”, desempenha um papel crucial na produção de células sanguíneas, incluindo leucócitos, hemácias e plaquetas, que são essenciais para nosso sistema de defesa e transporte de oxigênio.
O Hemocentro é anexo ao Hospital Ferreira Machado (HFM) e atende à demanda de 25 unidades hospitalares da região, como São Fidelis, Pádua, Quissamã, São João da Barra, São Francisco de Itabapoana e outros. O HRC funciona diariamente, das 7h às 18h, inclusive aos sábados, domingos e feriados e fica localizado na Rua Rocha Leão, n° 2, no bairro do Caju.
Para se tornar um doador de medula óssea é necessário: Ter entre 18 e 35 anos de idade; estar em bom estado de saúde; não ter doença infecciosa transmissível pelo sangue (como infecção pelo HIV ou hepatite) e não apresentar história de doença neoplásica (câncer), hematológica ou autoimune (como lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide). Para realizar o cadastro de doação de medula óssea no HRC é necessário doar sangue.
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