Desde fevereiro deste ano, cerca de 20 alunos do 5º ano do Ensino Fundamental das escolas municipais Antônio Joaquim Codeço, em Lagoa de Cima, e Alcebíades Candiano, situada em Ponta da Lama, têm conhecido uma linguagem diferente: a do cinema. É o projeto “AdoleScER no Cinema”, desenvolvido pela assistente social da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct) e cineasta Carolina Cássia.
Carolina conta que a culminância do projeto deve ser realizada em dezembro, com a exibição dos filmes “Do outro lado do rio” e “Somos descendentes dela”, que serão produzidos pelos estudantes. Para isso, eles têm participado de oficinas de audiovisual, com aulas de fotografia, roteiro, pesquisa e montagem. O grupo também tem assistido a filmes e desenvolvido o pensamento crítico.
Entre os objetivos do projeto está possibilitar aos estudantes a construção coletiva de um filme; instrumentalizar os estudantes com a ferramenta de comunicação através de atividades artísticas audiovisuais; estimular a utilização do cinema como ferramenta pedagógica no processo ensino-aprendizagem e aproximar os estudantes das tecnologias, multimídias e equipamentos culturais.
“O projeto ‘AdoleScER no Cinema’ tem sido a minha maior experiência como assistente social na Educação. Tenho conseguido utilizar o recurso audiovisual como ferramenta para estimular a formação e reflexão das crianças, possibilitando que sejam pesquisadoras, fotógrafas, roteiristas e montadoras de seu próprio filme, associando documentário e ficção. Acompanhar os estudantes de perto, durante todo o ano letivo, tem contribuído para identificar as singularidades de cada um, aproximar as famílias da escola e vice-versa, contribuindo para a construção de uma educação crítica e transformadora”, ressaltou Carolina.
As películas serão editadas na gerência de Mídias Digitais, coordenada pelo fotógrafo Wellinton Rangel. Gestora da Escola Municipal Antônio Joaquim Codeço, Cristiane do Nascimento Barcelos contou que o projeto tem sido muito importante para despertar nos alunos o gosto pelo conhecimento.
“Estou muito contente em ver esse lindo trabalho sendo realizado com nossos alunos, o projeto tem proporcionado o reconhecimento sociocultural da comunidade onde eles vivem. Os alunos estão aprendendo a valorizar a sua identidade, vivenciando os diversos espaços existentes nela e ao mesmo tempo compreendendo o uso das mídias digitais, manipulando equipamentos como tablets, câmeras e chromebooks, que fazem parte da geração deles. Toda essa dinâmica vem tornando o projeto prazeroso e ao mesmo tempo vem mostrando a responsabilidade que o aluno deve ter em relação às mídias, às artes e à cultura da sua comunidade”, pontuou Cristiane.
Já a professora Sueli Dias Sardinha disse que o engajamento e comprometimento dos alunos em estar na escola no contraturno são aspectos importantes que observou demonstrando o grande interesse pelo projeto.
“Outro item é o incentivo à expressão pessoal, corporal e à criatividade. O AdoleScER muitas vezes envolve atividades práticas, como a criação de roteiros, produção e realização do filme”, explicou a professora.
A aluna Emilly Nascimento Barcellos, 11 anos, falou que o que mais gosta no projeto é a oportunidade de aprender coisas que sequer imaginaria. “Exercícios corporais, trabalho em equipe com meus colegas, as gravações, editar, manusear equipamentos de gravação e também no tablet e agora notebook, além da organização de roteiros. Nunca pensei em fazer tudo isso”, resumiu Emilly.
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