A Justiça condenou à prisão os pais do menino que foi espancado pelo pai em abril 2021 em São Fidélis. Na época do crime, a vítima tinha dois meses de idade. Ele ficou internado em estado grave no Hospital Ferreira Machado, em Campos, onde passou 68 dias internado, sendo 55 deles na UTI.
Atualmente, o menino tem 1 ano e 3 meses. Ele foi adotado por uma tia, está bem e já está aprendendo a andar.
O pai e a mãe foram presos no dia em que o menor deu entrada no hospital. O pai respondeu por tortura e a mãe por omissão. A motivação do crime, segundo depoimento do pai à polícia, teria sido porque o bebê não parava de chorar.
No julgamento realizado no dia 26 de maio, o juiz decidiu pela condenação dos réus. O pai foi condenado a 15 anos de prisão em regime fechado. A mãe foi condenada a 5 anos e 6 meses, em regime semiaberto.
A Justiça também negou o pedido dos réus de recorrerem em liberdade e determinou a perda da guarda dos pais biológicos.
“Considerando que os réus praticaram crime doloso contra o filho, vítima, patente que não devem continuar o exercício do poder familiar, são incapazes para tanto, na medida que de longe não cumprem os deveres impostos no art. 22 do ECA, ao contrário, da conduta ora imputada quase se colocou fim a precoce vida da vítima”, diz um trecho da decisão que destitui os pais biológicos do poder familiar.
Relembre o caso
Em outubro de 2021, a Justiça realizou uma audiência de instrução para colher provas de testemunhas do caso do espancamento. Após sair do hospital, o menino recebeu alta em junho e foi recebido com carinho por tios, avós e familiares.
A alta foi no dia 9 de junho, quando o menino já estava com quatro meses de idade.
O tio do bebê, Agnaldo Rangel, acompanhou a recuperação e mantinha todos informados pelas redes sociais, depois que o caso ganhou repercussão.
A cada nova conquista na luta do bebê pela vida, Agnaldo publicava uma mensagem nas redes. Com a repercussão, uma corrente do bem se formou pela recuperação da vítima.
Os familiares contam que a notícia da agressão chegou para eles com um misto de espanto e revolta.
Enquanto se recuperava no hospital, o menino passou por várias cirurgias e chegou a perder um dos rins. Depois da angústia e espera da família, o bebê voltou para casa e ficou sob os cuidados dos avós e dos tios.
Fonte: G1
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