Novembro 21, 2024

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Saúde reforça o impacto da amamentação no neurodesenvolvimento infantil

De acordo com Beatriz Rufino, médica pediatra e diretora clínica da Unidade Pré-Hospitalar (UPH) Saldanha Marinho, o leite materno é descrito como a primeira vacina do bebê

Aproveitando a campanha do “Agosto Dourado”, que simboliza a luta pelo incentivo à amamentação, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) reforça que a amamentação é um dos pilares fundamentais para a saúde e o desenvolvimento das crianças, oferecendo benefícios que vão além da nutrição básica, como, por exemplo, o desenvolvimento intelectual do bebê.

De acordo com Beatriz Rufino, médica pediatra e diretora clínica da Unidade Pré-Hospitalar (UPH) Saldanha Marinho, o leite materno é descrito como a primeira vacina do bebê. “O leite materno é uma fonte rica de anticorpos que ajudam a proteger os bebês de doenças e infecções, além de conter substâncias que promovem o desenvolvimento cognitivo e intelectual da criança”, destacou a médica.

Estudos mostram que o leite materno contribui significativamente para o desenvolvimento cerebral dos bebês. Ele é rico em nutrientes e substâncias, como certos tipos de carboidratos e gorduras, que são essenciais para o crescimento e funcionamento das áreas do cérebro relacionadas à memória, raciocínio e linguagem. “Esses componentes exclusivos do leite materno atuam diretamente no sistema nervoso central, favorecendo um maior desenvolvimento das regiões cerebrais responsáveis pela inteligência e processamento da linguagem”, explicou Beatriz.

Além de promover o crescimento saudável do cérebro, o ato de amamentar também desempenha um papel crucial no desenvolvimento físico do bebê. A sucção estimula o fortalecimento dos músculos faciais, o que contribui para o desenvolvimento adequado da dentição, a fala e a mastigação. “A amamentação não só nutre, mas também favorece o desenvolvimento motor oral, o que é essencial para uma alimentação sólida futura e para o desenvolvimento da linguagem”, disse a pediatra.

A recomendação é que, nos primeiros seis meses de vida, o bebê receba exclusivamente o leite materno. “O leite materno é formulado para atender às necessidades nutricionais e imunológicas do bebê em cada fase do seu desenvolvimento. Não há um limite rígido para a duração da amamentação, mas após os seis meses, é crucial iniciar a introdução de outros alimentos para garantir uma nutrição completa”, orientou Rufino.

A amamentação também traz vantagens significativas para as mães. Além de reduzir o risco de hemorragia pós-parto, ela está associada a um menor risco de câncer de mama, útero e ovário. “Amamentar não só fortalece o vínculo entre mãe e bebê, mas também proporciona benefícios à saúde materna, tornando o período pós-parto mais seguro e saudável”, concluiu a diretora clínica.