A baixa cobertura vacinal contra o sarampo e o surgimento de casos da doença no Estado do Rio de Janeiro tem preocupado as autoridades em saúde, levando a Secretaria de Estado de Saúde (SES) a emitir um alerta aos municípios salientando a necessidade de intensificar a aplicação da vacina, que é a única maneira de evitar a doença, e aumentar a vigilância para casos suspeitos.
A fim de proteger a população e controlar possíveis surtos, a Secretaria Municipal de Saúde está realizando, desde abril, a 8ª Campanha Nacional de Seguimento e Vacinação contra Sarampo que tem como público-alvo as crianças de seis meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias e trabalhadores da saúde em qualquer faixa etária, mediante comprovação de vínculo da função. A campanha segue até o dia de três de junho.
De acordo com a orientação do Ministério da Saúde, a meta é vacinar, no mínimo, 90% dessas crianças que devem receber duas doses do imunizante. A cobertura atual é de 9,63%, considerando que devem ser vacinadas 32.342 crianças. Para os trabalhadores da saúde que somam 13.569, considerando o risco de adoecimento e maior exposição nos serviços de saúde, será atualizada a situação vacinal com uma dose contra o sarampo, e, portanto, não haverá meta de cobertura vacinal.
O sarampo é uma doença viral aguda grave altamente transmissível pela fala, tosse e espirro, que pode apresentar complicações, para pessoas de qualquer idade, principalmente em crianças. Quem ainda não recebeu a vacina pode procurar a unidade de saúde mais próxima de sua residência, das 9h às 15h.
“É uma doença febril de início abrupto, com período de incubação que dura de sete a 14 dias, após o contato. A pessoa começa com um quadro de início abrupto, inespecífico, dor no corpo, irritação nos olhos e mal-estar intenso”, explica o subsecretário de Atenção Básica, vigilância e Promoção da Saúde (Subpav), Rodrigo Carneiro. “Após os primeiros dias evolui com as lesões características da doença”, completou.
Em casos de complicações por sarampo, o paciente chega a desenvolver hepatite, pneumonia bacteriana secundária e encefalite. “A adesão à imunização das crianças está em um patamar muito baixo e nós chamamos a atenção, não só para o sarampo, como também para a vacinação em relação as outras doenças preveníveis. Aproveitamos para convocar os pais para que levem seus filhos para serem vacinados, para que fiquem protegidos, pois muitas das doenças que não existiam estão ressurgindo no mundo, como a poliomielite e o sarampo”, reforça o secretário de Saúde, Paulo Hirano.
OS CASOS NO ESTADO
Devido ao cenário epidemiológico da Covid-19, a busca pelas vacinas do calendário de rotina da criança e do adolescente, incluindo contra o sarampo, foi prejudicada, entretanto há uma urgência em resgatar a situação vacinal da população, mantendo assim uma imunidade de rebanho.
O aumento da notificação de casos suspeitos de sarampo no Estado do Rio de Janeiro foi registrado nas semanas epidemiológicas 17 e 18, ou seja, segunda quinzena de abril. Dos 21 casos notificados nestas semanas 10 foram descartados, 2 confirmados e 9 estão em investigação. Os casos confirmados ocorreram no município do Rio e acometeram dois irmãos, sendo um de 3 anos e outro de 7 meses. A única maneira de se evitar o sarampo é pela vacina.
Em Campos não há casos autóctones (originários) confirmados de sarampo desde 2007, desde quando foi implementado o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) no município. Em 10 de março de 2020, o município diagnosticou um caso importado de Valença (RJ), no sul fluminense. O sarampo é uma doença que pode deixar sequelas por toda a vida ou causar o óbito.
Campos sempre foi referência em imunização no Estado. Com relação a vacina tríplice viral, que previne contra sarampo, caxumba e rubéola, a base de dados da Subpav aponta que em 2019 foram aplicadas 27.867 doses, o que representou cobertura de 103,64% de 1ª dose e 103,75% de 2ª dose. Em 2020 foram 17.057 doses aplicadas, ou seja, cobertura de 52,09% de 1ª dose e 33,18% de 2ª dose. Já em 2021 voltou a aumentar, com 12.380 doses aplicadas, sendo cobertura de 63,59% de 1ª dose e 42,53% de 2ª dose, mas ainda precisamos avançar e retornar a patamares anteriores a pandemia.
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA RECEBER VACINA
Para receber a vacina é necessário levar documento com foto, CPF, comprovante de residência e cartão ou caderneta de vacina. No caso de crianças com comorbidade deve acrescentar laudo médico ou outro documento que comprove a condição. Já os trabalhadores da saúde, o comprovante de vínculo. Nos mesmos postos de vacinação contra o sarampo, esses dois públicos podem receber a vacina Influenza, que previne contra a gripe.
POSTOS VACINAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE:
Automóvel Clube
Centro de Saúde de Guarus
UBSF São Sebastião
POSTO PARA VACINAÇÃO DE CRIANÇAS COM COMORBIDADES E DEFICIÊNCIAS DE 6 MESES A 4 ANOS, 11 MESES E 29 DIAS:
Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE).
POSTOS EXCLUSIVOS PARA VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE E SARAMPO EM CRIANÇAS SEM COMORBIDADES COM IDADE ENTRE 6 MESES A 4 ANOS, 11 MESES E 29 DIAS:
Cidade da Criança
Centro de Saúde de Guarus
UBSF Lagoa de Cima
UBSF Custodópolis
UBSF Parque Rodoviário
UBSF São Sebastião
UBSF Félix Miranda
UBSF Parque Prazeres
UBSF Santos Dumont
UBSF IPS
UBSF Parque Imperial
UBS Penha
UBS Ponta Grossa
UBS Santa Maria
UBSF Saturnino Braga
UBS Tocos
UBS Venda Nova
UBSF Vila Nova
UBSF Morangaba
UBSF Dores de Macabu
UBSF Ponta da Lama
UBS Poço Gordo
UBSF Lagamar (Farol de São Tomé)
UPH Travessão
UPH Ururaí
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