O ator chileno Álex Andrés Araya, que tinha 42 anos, foi encontrado morto em um Airbnb que ele alugava em Medellín (Colômbia).
O corpo do ator, sem sinais de violência, foi encontrado em 7 de junho por uma faxineira, segundo o jornal “La Tercera”. Na noite anterior, Araya teria saído com duas mulheres que ele conhecera pelo aplicativo de paquera Tinder, segundo seu irmão, Eduardo, que conversou com o jornal chileno. Araya foi ao imóvel do Airbnb por volta das 23h30 com as duas mulheres – duas horas depois, apenas as duas mulheres saíram do apartamento. Elas levaram duas malas pequenas, com pertences do ator.
As mulheres roubaram os cartões de crédito e o celular de Araya, que usaram para pagar viagens de Uber e joias. O caso só começou a ser explorado pelas mídias chilena e colombiana na semana passada.
Araya é o 29º estrangeiro a morrer em Medellín este ano. Originário de Antofagasta, Araya estava de férias na Colômbia. A sua família acredita que ele pode ser mais uma vítima da burundanga.
Burundanga, ou escopolamina, é uma droga que, de acordo com um alerta de viagem do Departamento de Estado dos EUA, pode “deixar a vítima inconsciente por até 24 horas ou mais” e em doses maiores pode “causar insuficiência respiratória e morte”.
O irmão de Araya acrescentou ao “La Tercera” acreditar que “haja mais pessoas envolvidas, elas fazem parte de um grupo que costuma fazer esse tipo de coisa”.
‘Boa noite, Cinderela’
A burundanga, como a substância é conhecida na Colômbia, tem sido utilizada por criminosos tanto em festas quanto em encontros por aplicativos de relacionamento, segundo o jornal local “El Tiempo”, numa prática conhecida no Brasil como “Boa noite, Cinderela”. O pó é capaz de fazer com que as vítimas percam a própria autonomia, fornecendo dados sensíveis, como senhas de cartões, sem se lembrar de nada. A direção de aplicativos na web chegou a lançar um alerta para golpes envolvendo a burundanga.
A droga é extraída de uma planta local, conhecida como borrachera. A partir dela, é feita a escopolamina, um relaxante que na indústria farmacêutica está em medicamentos que aliviam cólicas. A droga é produzida a partir da combinação com outras substâncias químicas. A droga já recebeu os apelidos de “sopro do diabo”, “pó do zumbi” e ainda “droga do estupro”, já que há registros de ter sido utilizada em contexto de abusos sexuais.
O caso ainda está sendo investigado. Ninguém foi preso.
A vítima estudou Engenharia na Universidad Católica del Norte, mas abandonou o curso para se formar em Teatro na Universidad del Desarrollo. Ele também tinha interesse pela área de iluminação de espetáculos.
Fonte: Extra
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