Uma mulher estuprada teve o aborto legal negado três vezes na capital paulista e só conseguiu realizar o procedimento com ajuda da Defensoria Pública de São Paulo em outro estado. Em entrevista a @isaleitejornalista, no Especialde Domingo, a mulher contou como foi atendida na unidade de saúde. “Eu tive que falar perto de pessoas, e o pior de tudo foi precisar ouvir o coração do feto”.
À reportagem, a mulher contou que descobriu a gravidez somente quando completou 24 semanas. “Não tive nada de diferente, não tive barriga, não tive sintoma, não tive nada”, relata.
A mulher disse ainda que o médico tentou convencê-la a não fazer o aborto. “Eu fui embora para casa acabada. Eu já estava pensando no que eu ia fazer. Eu já estava pensando em como fazer em casa sozinha, porque eu não tinha condições”.
Atualmente, o aborto é permitido em três situações no Brasil: se o feto for anencéfalo, se a gravidez impuser risco de vida para a mãe ou se a gravidez for fruto de estupro. Porém, um projeto de lei está em tramitação na Câmara para equiparar o aborto após 22 semanas ao crime de homicídio simples.
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